quarta-feira, 1 de maio de 2013

Dia 12 - Melide - Santiago - 54km

Dia frio e nublado, mas sem chuva. Fiquei oscilando entre pedalar forte pra chegar logo ou devagar pra apreciar mais o momento. O lance é que não chegava nunca. O que não é a expectativa e a ansiedade da nossa cabeça...

A paisagem predominante do dia foram florestas de eucaliptos. Passamos por várias delas. Bem bonitas e carregadas de energia. O Caminho fica realmente mais cheio em alguns trecho é preciso pedir passagem.

Tinha uma expectativa em relação ao monte do Gozo, de onde se tem a primeira visão da cidade de Santiago. Foi meio decepcionante. Tem um monumento enorme e a visão nem é muito boa. Tudo bem que hoje o dia também não era o dos melhores pra isso.

E a chegada da cidade é esquisita. É uma cidade grande, obviamente a maior de todo Caminho. Logo passa-se em monte de lugares feios antes de chegar nos lugares bonitos. E como essa cidade é grande...tem mais lugares feios... e a praça e a catedral são gigantes e lotada de turistas.

Sei lá, mas a sensação de quem passou por 11 dias pedalando pelo meio do nada passando por simpáticos povoados com pessoas que às vezes nunca foram muito longe dali, é meio estranha. Não deu vontade de sentar na praça e ficar olhando pra aquela igreja. Deu vontade de sair correndo...quase que esqueci de pedir pra fotografar. Cheguei a sair e voltei pra não me arrepender depois.

Enfim, não tenho dúvidas de que valeu a pena e que muita coisa aprendi. Não sei dizer o que, mas tenho certeza que aprendi. Uma delas é de que para pedalar não é suficiente somente saber pedalar. Muitas decisões são preciso ser tomadas pra se otimizar a pedalada e a chegada no seu destino final.

Vou ficar com saudades dos dias que passei só eu e a Querida, inclusive dos momentos mais duros. Aliás os mais duros serão os mais lembrados e os que trarão mais ganho na vida.

Afinal o nosso mundo é muito mais inóspito e duro do que o Caminho.

Valeu Querida!!! E queridos...

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